Conversas de Bem & Mal Dizer

Vamos conversar sobre aquilo que acharmos pertinente!... Podemos falar Sério ou Ironicamente. Podemos Dar ou Pedir conselhos. Podemos Divulgar ou Informar. Podemos até Rir perdidamente - gosto mais desta vertente, rss. Enfim... podemos falar - dizer - Bem ou Mal de tudo aquilo que em nossa opinião nos mereça tal tratamento… respeitando, obviamente, outras opiniões. Espero que se divirtam tanto como eu e não se esqueçam de... de serem felizes.

22 de janeiro de 2008

20 das FOG (R) AÇAS
Diziam por aí (as más línguas) que os 20 das fogaças teriam os dias contados. Diziam até que a procissão deste ano corria sérios riscos de não sair à rua. Outras, (outras más línguas) opinavam que talvez saísse, sim mas, sem o colorido dos vestidos das meninas com a famosa fogaça à cabeça. Agora, perguntam vocês: De onde saíram esses rumores? E tais rumores fundamentavam-se em quê? Ora, em verdade vos digo: Não sei, não quero saber e… também não me interessa. A verdade é que quem tem cu tem medo e os feirenses temiam a implacável actuação da ASAE. Temia-se que esses rambos, perdão, que esses agentes aparecessem em força e que autuassem todas a crianças que transportassem as fogaças à cabeça (compreende-se que é pouco higiénico) e, ainda por cima, apreendessem as fogacinhas que tanto custaram a comprar. Felizmente que a temível fiscalização não apareceu… quer dizer, pelo menos não actuou porque, quanto à sua presença, não creio que não estivessem à espreita, não creio em facilidades… creio, isso sim, é que os feirenses foram super inteligentes!... Então não é?! Quando toda a gente estava à espera que a procissão saísse da igreja matriz, não é que o cortejo sai do castelo, como no inicio do século XVIII? É… e se os fiscais lá estiveram devem ter ficado, desorientados, aliás como muita gente que não estava ao corrente desta mudança. Apesar desses pequenos percalços, consta que tudo correu lindamente e, graças à “espionagem” que forçou a cedência desta foto tão elucidativa, não é difícil acreditar que tudo terminou a contento, ainda bem. Ah, antes de terminar, é justo realçar com que elegância desfilaram os papa fogaças, perdão, os porta fog(r)aças representados acima. Parabens também ao artista.
_________________________________
sorielo

18 de janeiro de 2008

CONTRA FACTOS NÃO HÁ ARGUMENTO!...
O que é de facto significativo? O filho que muitas vezes não limpa o quarto e fica vendo televisão...
significa que está em casa.
A desordem que tenho que limpar depois de uma festa...
significa que estivemos rodeados de familiares e amigos .
As roupas que estão apertadas...
significa que tenho mais do que o suficiente para comer .
O trabalho que tenho em limpar a casa...
significa que a tenho .
As queixas que escuto acerca do governo...
significa que tenho liberdade de expressão.
Se não encontro estacionamento...
significa que tenho carro.
Os gritos das crianças...
significa que posso ouvir.
O cansaço no final do dia...
significa que posso trabalhar.
O despertador que me acorda todas as manhãs...
significa que estou vivo.
A ressaca de todas as manhãs...
significa que tomei todas ontem.
Finalmente pela quantidade de mensagens que recebo...
significa que tenho amigos pensando em mim.
'QUANDO PENSARES QUE A VIDA TE CORRE MAL...
LÊ OUTRA VEZ ESTA MENSAGEM'
RSSSSSS de Facto!...
______________________________ sorielo

17 de janeiro de 2008

500 ANOS DE FÉ E TRADIÇÃO

EM SANTA MARIA DA FEIRA

_______________________

Símbolo de união

Tal como outrora, hoje as gentes do concelho da Feira têm a oportunidade de mostrar o culto a S. Sebastião numa festa que é, acima de tudo, símbolo de união e de identidade colectiva. Manda a tradição que, por ocasião da Festa das Fogaceiras, os feirenses enviem fogaças aos familiares e amigos que se encontrem longe. A fogaça é um pão doce tradicional de Santa Maria da Feira, cujas primeiras referências conhecidas aparecem nas inquirições de D. Afonso III, no século XIII (1254/1284) e que era usada como pagamento de foros. O seu formato estiliza a torre de menagem do castelo com os seus quatro coruchéus. A fogaça é cozida diariamente em várias casas de fabrico do concelho e distingue-se por tradicionais aprestos, quer no preparo, quer na forma como vai ao forno. Os ingredientes base utilizados na confecção desta iguaria são água, fermento, farinha, ovos, manteiga, açúcar e sal. A fogaça é comercializada durante todo o ano e utilizada como voto na Festa das Fogaceiras.

Tradição secular

A Festa das Fogaceiras teve origem num voto ao mártir S. Sebastião, em 1505, altura em que a região foi assolada por um surto de peste que dizimou parte da população. Em troca de protecção, o povo prometeu ao santo a oferta de um pão doce chamado fogaça. S. Sebastião, que segundo a lenda padeceu de todos os sofrimentos aquando do seu martírio em nome da fé cristã, tornou-se, assim, o santo padroeiro de todo o condado da Feira. No cumprimento do voto, os ofertantes incorporavam-se numa procissão que saía do Paço dos Condes e seguia pela Igreja do Convento do Espírito Santo (Lóios), onde eram benzidas as fogaças, divididas em fatias, posteriormente repartidas pelo povo. Assim nasceu a Festa das Fogaceiras. Cumprida em cada dia 20 de Janeiro, esta promessa constitui uma referência histórica e cultural para as Terras de Santa Maria. A Festa das Fogaceiras chegou até aos nossos dias com dois traços essenciais: a realização da missa solene, com sermão, precedida da bênção das fogaças, celebrada na Igreja Matriz, e a procissão, que sai da Igreja Matriz, percorrendo algumas ruas da cidade. Com a proclamação da República, acrescentou-se um novo ritual: a formação de um cortejo cívico, a partir dos Paços do Concelho rumo à Igreja Matriz, antes da missa solene, que integra as meninas “fogaceiras”, que levam as fogaças à cabeça, bem como as autoridades políticas, administrativas, judiciais e militares e personalidades de relevo na vida municipal. A procissão festiva realiza-se a meio da tarde e congrega símbolos religiosos, com destaque para o mártir S. Sebastião, bem como uma representação civil, com símbolos autárquicos, económicos, sociais e culturais de cada uma das 31 freguesias do concelho, numa curiosa mistura entre o civil e o religioso. No cortejo e procissão as atenções recaem, naturalmente, sobre as fogaceiras, segundo a tradição “crianças impúberes”, provenientes de todo o concelho, vestidas e calçadas de branco, cintadas com faixas coloridas, que levam à cabeça as fogaças do voto, coroadas de papel de prata de diferentes cores, recortado com perfis do castelo. Inicialmente, as “fogaças do voto” eram distribuídas pela população em geral, depois pelos pobres e mais tarde pelos presos, pobres e personalidades concelhias, em fatias chamadas “mandados”. Actualmente, são entregues às autoridades religiosas, políticas e militares que têm jurisdição sobre o município de Santa Maria da Feira.

Fado das Fogaceiras

Fogaceira linda e nova, / Deixa-me tirar a prova / Duma fogaça das tuas;/ Vendendo-as assim a esmo, / São pedaços de ti mesmo / Que vendes por essas ruas.

Quando vais, oh! Fogaceira, / Vender fogaças à feira / Vais tão cheiinha de graças, / Que nos gestos e meneios / As fogaças lembram seios / E os seios lembram fogaças.

Tuas fogaças loirinhas / São certamente irmãzinhas / Das fogaças do teu peito, / Pois nem de outra maneira / Se compreende, oh! Fogaceira, / Quas as vendas todas a eito.

Refrão Fogaceira minha / Que linda que és, / Com a chinelinha / Toda bordadinha / Na ponta dos pés.

Quando vais andando, / Tens o encantamento, / De rosas dançando,/ De lírios bailando / Nas asas do vento. (da autoria de Dr. Paulo Sá Machado)

_________________________________________________

NB: Ficam aqui registados os nossos sinceros agradecimentos... quer aos autores dos textos, quer aos autores das fotografias!... Uns e outros, pela excelente qualidade que apresentam e que nos apraz divulgar, estão de parabéns... Parabéns... tomara que no dia 20 a gente se veja por lá!...

______________________________________ sorielo