Festa das Colectividades Oleirenses
Ou a ... "Festa das Tasquinhas"
Na década de 90, durante a presidência de Carlos Seixas, surgiu o evento “Oleiros Cultural” que foi, nem mais nem menos, o embrião daquela que é hoje, sem dúvida, depois das festas em Honra de N. Sra da Saúde, a festa mais popular da nossa terra!… Entretanto, durante o último mandato dos socialista da nossa autarquia, liderada pelo Dr. Eduardo Rocha, esse evento mudou de nome… mas não a forma… chama-se “Festa das Colectividades Oleirenses” e passou a fazer parte, também, das comemorações do aniversário da vila. Faz sentido! O tempo é de crise e vale mais concentrar pequenos eventos num único só mas mais elaborado e mais espectacular. Quer-me parecer que a ideia pega e que solidificará como a “Festa das Tasquinhas”… nada contra, até porque, essa referência, já é bastante mais popular!…
Desde que não se desvirtue a função a que se destina e que, no fundo, esteve na origem do seu aparecimento há mais de duas décadas atrás, que é: Todas as Colectividades locais… Desportivas, Recreativas, Culturais e de Solidariedade… organizam-se numa grande festa anual, onde cada uma participa no espectáculo com algo relacionado com a área específica que desenvolvem habitualmente e, como se tratasse de uma contrapartida, todas têm uma tasquinha para explorar. Os espaços são iguais, os locais são sorteados e cada uma das colectividades pode explorar da maneira que achar mais conveniente… dentro de umas quantas normas, previamente estipuladas pela comissão eleita pelos próprias.
Podem usar a tenda, a barraca ou a tasquinha, como lhe quiserem chamar, só como divulgação das suas actividades, como banca de venda de merchandise, como local exclusivo à angariação de sócios, etc. etc. No entanto, a ideia original e a que mais tem vingado, é uma verdadeira exploração comercial que reverta totalmente a favor da associação exploradora. Quem mais agradece, são os tesoureiros que lutam constantemente com problemas de tesouraria.
Só há um pequeno senão… os exageros!... Não havia necessidade… nem devia ser permitido! Podem vender flores, frutas, legumes, mercearia, refrigerantes, vinhos, bolos, pão, tripas, papas, sopas, arte decorativa, acessórios de moda, roupas, atoalhados e até porcos inteiros!… É, podem vender isso tudo e tudo isso se vendeu à farta!... Então, qual é a necessidade de se insistir diariamente e… e durante todo o santo dia… em explorar as crianças para vender tudo o que era senhas, rifas, números e… e «o diabo a sete»? Nem os mendigos eram capazes de percorrer tanto aquele recinto.
Eu sei que «De pequenino é que se torce o pepino» mas, que diabo, incutir nas crianças esse espírito da «pedinchice», não está com nada, não havia necessidade nem deve ser permitido!