PARA ONDE NÃO SE TEM VOLTA
(Foto correio da feira)
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A foto de fundo, regista o dia 6 de Março de 2005, quando a Vila de S. Paio de Oleiros lhe prestou uma merecida homenagem… não só pelas comemorações do seu centésimo aniversário mas, pelo carinho que desde sempre dedicou às colectividades da localidade!... Como por exemplo: Ao Teatro, ao Folclore, à Tuna e… qualquer que fosse o evento em que a música constasse da programação, o Mestre nunca dizia “não”!... Mas foi na Tuna, cujo historial do próprio Grupo Musical de S. Paio de Oleiros e do citado Mestre, que se criou raízes profundas de amizade que, durou décadas a fio, até ao dia da sua partida!
Nem todos os olhos verteram lágrimas! Nem todas as gargantas embargaram a voz mas, estou certo disso, em todos despertou um nobre sentimento de gratidão e... já de saudade.
Tive o privilégio de cair nas suas graças… quer dizer: O Ti Aires gostava aqui do “Rapaz”… era assim que a gente se tratava!... Na verdade ele gostava de todos! A todos incentivava! Era contagiante a entrega que punha no tratamento e na execução da paixão da sua vida… da Música! Ensinou gerações de pessoas a gostar e a tocar Música! Dizia-se: “um músico mediano”… Qual quê?! Era, isso sim, um grande Mestre!... Um anti vedeta puro! Era incrível o à vontade que nos conseguia transmitir quando tocávamos ao pé dele!... E aquele cumprimento de mão cheia (mão grande a dele) que ele nos dava ao fim, como se nós, meros aprendizes, fossemos um executante do seu nível? Ah, Ti Aires, só um Mestre… um Grande Mestre como o Sr. era capaz dessa generosidade…Até sempre, amigo… perdão: ATÉ SEMPRE... MESTRE, TI AIRES
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Apesar do seu nome próprio ser Aires de Almeida e Sousa, uns tratavam-no por Aires Sousa, outros por Sr. Aires e, outros ainda, por Mestre Aires!... Era, no entanto, Ti Aires, o nome mais usado, o tratamento mais popular. Fosse qual fosse o nome que se usasse, dava-se por todos eles com a mesma satisfação.
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Permitam que deixe qui expresso os meus mais profundos pesames a toda a sua numerosa família... em especial ao Americo, ao Joaquim e à Belmira que vivem no Rio de Janeiro e, de quem guardo optimas recordações...pela disponibilidade e simpatia que me dispensaram em solo brasileiro.
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sorielo
1 Comments:
At terça-feira, janeiro 30, 2007 3:36:00 da tarde,
Anónimo said…
oláa Rique,
Li a homenagem, que você prestou ao seu amigo Ti Aires. Deixo aqui os meus sentimentos. Quando se perde um ente querido é como se perdéssemos um pedacinho de nós. Existe uma frase de Saint-Exupery que diz assim: " Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa sós, leva um pouco de nós mesmos, deixa um pouco de si mesmo" Essas pessoas, além de nos deixar profundos ensinamentos, nós deixam também a saudade e uma certeza: "Não importa onde estejam, estarão sempre conosco"
Beijos da amiga Juju.
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