S. JOÃO NO PORTO

Na noite de 23 para 24 de Junho todos os caminhos deram à cidade do Porto. A cidade invicta continua a ser a capital das Festas Sanjoaninas no país. As artérias da cidade, engalanadas a preceito com iluminação artística e alusiva ao santo, apesar da chuva miudinha que se fez sentir, ficaram pejadas de gente que circulava descontraidamente sem destino programado mas com uma alegria contagiante estampada no rosto, distribuindo aleatoriamente por quem se cruzava a marteladinha do martelo ( martelo em plástico que aparece pela primeira vez em 1963, durante um cortejo da queima das fitas da cidade e desde então se tornou imprescindível nas noites de S. João) ou do alho-porro ou então, dando a cheirar um raminho de cideira ou de cravos. Os Manjericos e as Sardinhas assadas continuam a ser Reis de uma noite que dura até o Sol raiar, apesar de nos últimos anos o fogo-de-artifício ter vindo a ganhar também lugar de destaque na noite mais longa das gentes tripeiras. Realmente foi pena que S. Pedro tentasse estragar a festa com aquela chuva miudinha mas mesmo assim os foliões não deixaram que a animação traísse o santo da sua devoção.

As Rusgas desfilaram, os Balões subiram, o Fogo rebentou e as Sardinhas esgotaram! O Santinho da sua Cascata abençoou as Moças e estas, como retribuição, emprestam toda a sua beleza à Noite de S. João!

S. Pedro com intenção… Mandou a chuva miudinha… Não para estragar o S. João… Mas para temperar a Sardinha! “hsc”

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sorielo